sexta-feira, 4 de março de 2011

Escrever não é tão simples quanto parece...

"Muitas pessoas acreditam que aqueles que redigem com desenvoltura executam essas tarefa como quem respira, sem a menor dificuldade, sem o menor esforço. Não é assim. Escrever é uma das técnicas mais complexas que o ser humano pode realizar. Faz rigorosas exigências à memória e ao raciocínio. A habilidade mental é imprescindível para que todos os aspectos envolvidos na escrita sejam bem articulados, coordenados, harmonizados de forma que o texto seja bem sucedido.

Conhecimentos de natureza diversa são acessados para que o texto tome forma. É necessário que o redator utilize simultaneamente seus conhecimentos relativos ao assunto que quer tratar, ao gênero adequado, à situação em que o texto é produzido, aos possíveis leitores, à língua e suas possibilidades estilísticas. Portanto, escrever não é fácil e, principalmente escrever é incompatível com a preguiça.

A tarefa  pode ir ficando paulatinamente mais fácil para profissionais que escrevem muito, todos os dias, mas mesmo esses testemunham que escrever é um trabalho exigente, cansativo e, muitas vezes, frustrante. Sempre queremos um texto ainda melhor do que o que chegamos a produzir e poucas vezes conseguimos manter a linguagem escrita todas a sutilezas da percepção original acerca de um fato ou um pensamento.

O que admiramos na literatura é justamente essa especificidade, essa possibilidade de expandir pela palavra escrita emoções, pensamentos, sensações, significados, que nós, leigos, não conseguimos traduzir com prioridade."

 "Técnica de Redação- O que é preciso saber para bem escrever- fragmento"


" ...Porque o escrever - tanta perícia, 
Tanta requer,
Que ofício tal...nem há notícia
De outro qualquer"

Olavo Bilac

"Escrever é mais transpiração que inspiração"

Professora Regina Celli







segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Big Bosta Brasil - Texto muito legal

por Lúcio Flávio



Autor: Antonio Barreto , 
Cordelista natural de Santa Bárbara-BA, residente em Salvador. 


Curtir o Pedro Bial

E sentir tanta alegria
É sinal de que você
O mau-gosto aprecia
Dá valor ao que é banal
É preguiçoso mental
E adora baixaria.


Há muito tempo não vejo
Um programa tão ‘fuleiro’
Produzido pela Globo
Visando Ibope e dinheiro
Que além de alienar
Vai por certo atrofiar
A mente do brasileiro.


Me refiro ao brasileiro
Que está em formação
E precisa evoluir
Através da Educação
Mas se torna um refém
Iletrado, ‘zé-ninguém’
Um escravo da ilusão.


Em frente à televisão
Lá está toda a família
Longe da realidade
Onde a bobagem fervilha
Não sabendo essa gente
Desprovida e inocente
Desta enorme ‘armadilha’.


Cuidado, Pedro Bial
Chega de esculhambação
Respeite o trabalhador
Dessa sofrida Nação
Deixe de chamar de heróis
Essas girls e esses boys
Que têm cara de bundão.


O seu pai e a sua mãe,
Querido Pedro Bial,
São verdadeiros heróis
E merecem nosso aval
Pois tiveram que lutar
Pra manter e te educar
Com esforço especial.


Muitos já se sentem mal
Com seu discurso vazio.
Pessoas inteligentes
Se enchem de calafrio
Porque quando você fala
A sua palavra é bala
A ferir o nosso brio.


Um país como Brasil
Carente de educação
Precisa de gente grande
Para dar boa lição
Mas você na rede Globo
Faz esse papel de bobo
Enganando a Nação.


Respeite, Pedro Bienal
Nosso povo brasileiro
Que acorda de madrugada
E trabalha o dia inteiro
Dar muito duro, anda rouco
Paga impostos, ganha pouco:
Povo HERÓI, povo guerreiro.


Enquanto a sociedade
Neste momento atual
Se preocupa com a crise
Econômica e social
Você precisa entender
Que queremos aprender
Algo sério – não banal.


Esse programa da Globo
Vem nos mostrar sem engano
Que tudo que ali ocorre
Parece um zoológico humano
Onde impera a esperteza
A malandragem, a baixeza:
Um cenário sub-humano.


A moral e a inteligência
Não são mais valorizadas.
Os “heróis” protagonizam
Um mundo de palhaçadas
Sem critério e sem ética
Em que vaidade e estética
São muito mais que louvadas.


Não se vê força poética
Nem projeto educativo.
Um mar de vulgaridade
Já tornou-se imperativo.
O que se vê realmente
É um programa deprimente
Sem nenhum objetivo.


Talvez haja objetivo
“professor”, Pedro Bial
O que vocês tão querendo
É injetar o banal
Deseducando o Brasil
Nesse Big Brother vil
De lavagem cerebral.


Isso é um desserviço
Mal exemplo à juventude
Que precisa de esperança
Educação e atitude
Porém a mediocridade
Unida à banalidade
Faz com que ninguém estude.


É grande o constrangimento
De pessoas confinadas
Num espaço luxuoso
Curtindo todas baladas:
Corpos “belos” na piscina
A gastar adrenalina:
Nesse mar de palhaçadas.


Se a intenção da Globo
É de nos “emburrecer”
Deixando o povo demente
Refém do seu poder:
Pois saiba que a exceção
(Amantes da educação)
Vai contestar a valer.


A você, Pedro Bial
Um mercador da ilusão
Junto a poderosa Globo
Que conduz nossa Nação
Eu lhe peço esse favor:
Reflita no seu labor
E escute seu coração.


E vocês caros irmãos
Que estão nessa cegueira
Não façam mais ligações
Apoiando essa besteira.
Não deem sua grana à Globo
Isso é papel de bobo:
Fujam dessa baboseira.


E quando chegar ao fim
Desse Big Brother vil
Que em nada contribui
Para o povo varonil
Ninguém vai sentir saudade:
Quem lucra é a sociedade
Do nosso querido Brasil.


E saiba, caro leitor
Que nós somos os culpados
Porque sai do nosso bolso
Esses milhões desejados
Que são ligações diárias
Bastante desnecessárias
Pra esses desocupados.


A loja do BBB
Vendendo só porcaria
Enganando muita gente
Que logo se contagia
Com tanta futilidade
Um mar de vulgaridade
Que nunca terá valia.


Chega de vulgaridade
E apelo sexual.
Não somos só futebol,
baixaria e carnaval.
Queremos Educação
E também evolução
No mundo espiritual.


Cadê a cidadania
Dos nossos educadores
Dos alunos, dos políticos
Poetas, trabalhadores?
Seremos sempre enganados
e vamos ficar calados
diante de enganadores?


Barreto termina assim
Alertando ao Bial:
Reveja logo esse equívoco
Reaja à força do mal…
Eleve o seu coração
Tomando uma decisão
Ou então: siga, animal…


Salvador, 16 de janeiro de 2011.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Vidas Secas, Graciliano Ramos X As Vinhas da Ira, John Steinbeck


Em ambas obras as famílias estão passando por dificuldades, por crises políticas e econômicas do país, e tentam assim, melhorar a vida.
No livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos, eles saem sem destino, passando fome, por esse motivo eles acabam comendo o próprio animal de estimação, no caso um papagaio.
No As Vinhas da Ira, a personagem Tom Joad sai da cadeia e não encontra sua família na antiga casa, pois foram despejados pelos donos das terras. Com ajuda do pregador e de um agricultor ele encontra sua numerosa família na casa do Tio John, de partida para Califórnia, em busca de um emprego e de uma nova vida.
Em ambos os livros as mães (Sinhá Vitória e Mãe Joad) são os pontos centrais da família, todavia, em Vidas Secas, Fabiano é um homem ignorante, porém é capaz de perceber suas limitações, apesar de todas as dificuldades a família se mantém unida. Em As Vinhas da Ira os homens são enfraquecidos e amargurados, por dificuldades que viveram. Neste caso, a família não é tão unida, talvez pelos difíceis momentos que tenham passado.
A morte da cachorra Baleia foi necessária porque vinha apresentando hidrofobia, e Fabiano então tentou o sacrifício, o tiro dado de longe acertou sua pata traseira, por esse motivo Fabiano foi abrigado a atirar mais próximo a cadela. Já na morte de Casy, ex-pregador que lutava por melhores salários, foi assassinado por homens que ameaçavam trabalhadores em greve, tendo com conseqüência a saída de Tom do acampamento fugido da policia, por ter matado o homem que matou o ex-pregador.
A história acaba com Fabiano e sua família mudando-se para um destino incerto, mais uma vez com fome e as mesmas dificuldades, lutando (ou tentando) por uma vida melhor. As Vinhas da Ira tem como desfecho uma enchente que leva mais uma vez tudo que a família Joad tinha. Então para se proteger, entram num galpão e encontram um garoto com seu pai agonizando, a Rosasharn, a irmã de Tom que acabará de perder um filho, amamenta o homem.



Camila Pontes Marchetti
Tatiane Cristina de Oliveira

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Análise Semântica da Canção do Exílio

Introdução

O propósito do trabalho é fazer uma análise semântica, formal e temática da “Canção do Exílio” de Gonçalves Dias bem como suas parodias. Esta análise deverá mostrar as semelhanças e as diferenças das duas escolas literárias com as peculiaridades do texto sugerido.
É importante analisar a intertextualidade presente, explicando a constituição parodiana ou estilização, afinal vemos o uso do discurso alheio sendo modificado.   

Analise semântica

Parônimos

         No estudo semântico das palavras os parônimos são palavras  parecidas na escrita e na pronuncia, mas com sentido diferente.  Na canção do Exílio com a sua parodia fica bem clara o uso de parônimos e é colocado de madeira a criar uma sátira. As palavras grifadas têm a pronuncia  parecida: fazendo que sejam parônimas da canção do  Exílio.

Passo 1- Parônimo

COIMBRA, Julho, 1843. Romantismo
Paródia                                                         CANÇÃO DO EXÍLIO

Minha terra tem crianças                             Minha terra tem palmeiras,
Onde nascem sem parar                             Onde canta o Sabiá
As crianças que aqui nascem                       As aves, que aqui gorjeiam,
Não têm lugar pra ficar                                 Não gorjeiam como lá

Nosso céu está escuro                                  Nosso céu tem mais estrelas
Nossas margens, secas estão...                   Nossas várzeas têm mais flores
Nossos parques estão vazios,                       Nossos bosques têm mais vida
Sem destino pra mudar...                              Nossa vida mais amores.

Só de pensar, sozinho, à noite                  Em  cismar, sozinho, à noite,
Mais desgostoso fico de lá.                           Mais prazer eu encontro lá;
Minha terra tem crianças...                           Minha terra tem palmeiras,
Sem lugar pra ficar;                                    Onde canta o Sabiá.

Minha terra tem mais temores                   Minha terra tem primores,
Que tais não há como acabar                    Que tais não encontro eu cá

Só de pensar sozinho à noite,                   Em cismar –sozinho, à noite
Mais desgostoso fico de lá,                           Mais prazer eu encontro lá;  
Minha terra tem crianças                              Minha terra tem palmeiras,
Sem lugar pra ficar.                                    Onde canta o Sabiá.

Não permita Deus, que eu parta,               Não permita Deus que eu morra,
Sem que eu veja tudo mudar;                    Sem que eu volte para lá;
Acabar os terrores...                                   Sem que desfrute os primores
Que não consiga deixar pra lá!                     Que não encontro por cá;
E sem que aviste as crianças                       Sem qu'inda aviste as palmeiras,
Com lugar pra ficar.           
                   Onde canta o Sabiá 

Antonímia
        Encontramos parodias com sentido semântico de Antonímia. Definição que engloba todos os casos de antônimos, ou seja,quando passa ideia de sentido oposto,exprimindo sentido contrário. O exemplo a seguir deixa clara a intenção do autor em criticar o desmatamento, que prejudica a fauna e a flora, utilizando a canção do exílio parodiada para esse desabafo menos romântico, porém nacionalista de uma forma ecológica e patriótica.       

Passo 2 - Antonímia

Canção de Exílio Moderno
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Travian Brasil

Nessa terra sem madeira,                                     
Onde tinha Sabiá,
As aves, que aqui ficavam,
Foram levadas para lá.

Nesse céu sem estrelas,
Nessa várzea sem flores,
Nossas florestas sem vida,
Vivendo aos prantos e dores.

Sem dormir uma só noite,
Sem prazer de cá ficar,

Nossa terra sem fronteiras,
A antiga terra do Sabiá.


Naquela terra de mil valores,
Fauna e flora não têm mais lá,
O dia virará noite,
Meu passado ficou lá,
Aquilo virou só poeira,
De lá se foi o Sabiá.

Não permitirei que essa terra morra,
Na esperança dela se regenerar,
Comer dos frutos de lá plantados,
Que não nascem por cá,
Replanto a floresta de boas madeiras,
E o Sabiá volta a cantar.

                                             



Analise Formal e Temática

       A forma poética da “Canção do Exílio” (AMARAL: 119) é nacionalista romântica, demonstrando um  forte sentimento de saudade da pátria amada em  comparação a sua atual localização, que dava - se em Portugal.
Observa-se as características românticas desta  poesia  da seguinte forma: valorização do sonho e da morte;Ele sonha com os céus estrelados da sua pátria e seu retorno antes da sua morte ;da natureza no canto dos pássaros ,nas florestas e vales cheios de vida ,no subjetivismo com a falta de certeza, se o sabiá realmente canta nas palmeiras de sua terra natal ,no individualismo e no tempo com saudosismo que a poesia por si só deixa bem claro e evidente ;ora é o sentimento principal da canção.
O tema é a saudade da pátria e a valorização da  fauna e a flora Brasileira que em versos redondilhos maiores, são relatados, descrevendo as palmeiras, o canto dos pássaros que só cantam  lindamente no Brasil em nenhum outro lugar segundo Gonçalves Dias,

 Tamanha é  sua importância que até introduziram trechos no “Hino Nacional Brasileiro” http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/hino.htm


                                                [... Teus risonhos, lindos  campos têm mais flores;
                                                      “Nossos bosques têm mais vida “,           
                                                     “ Nossa vida “ no teu seio “mais amores”...]


            Contudo suas paródias apresentam outra temática, fazem critica a diversas situações sociais contraditórias a exemplo da riqueza e da pobreza, dentre outras: desmatamento das florestas nacionais; importância do  controle de natalidade; ausência de recursos financeiros das crianças brasileiras que não têm onde morar e por fim ’ Osvaldo de Andrade’ fala do retorno a São Paulo e suas riquezas, deixando evidente a falta de emoção exacerbada de Gonçalves Dias que é romântico indianista /nacionalista, que constituiu  a 1ª  geração romântica em meados do século XIX,temos ainda Antônio Carlos Jobim e Chico Buarque de Holanda com a música “Sabiá” ressaltando a ilusão de a pátria retornar para rever a beleza que não mais é encontrada.Caracterizando  a linguagem poética social,com predomínio do coloquialismo,nacionalismo exacerbado,rompendo com os modelos tradicionais .   
         
Modernismo: Osvaldo de Andrade

Canto de Regresso à pátria

Minha terra tem palmeiras
Onde gorjeia o mar
Os passarinhos daqui
Não cantam como os de lá

Minha terra tem mais rosas
E quase que mais amores
Minha terra tem mais ouro
Minha terra tem mais terra

Ouro terra amor e rosas
Eu quero tudo de lá
Não permita Deus que eu morra
Sem que volte para lá

Não permita Deus que eu morra
Sem que volte pra São Paulo
Sem que veja a Rua 15
E o progresso de São Paulo

Sabiá

Vou voltar, sei que ainda
Vou voltar para o meu lugar
Foi lá e é ainda lá
Que eu hei de ouvir cantar
Uma  sabiá, cantar o meu sabiá
Vou voltar, sei que ainda
Vou voltar
Vou deitar à sombra de uma palmeira
Que já não há
Colher a flor que já não dá
E algum amor, talvez possa encontrar
As noites que eu não queria
E anunciar o dia
Vou  voltar ,sei que ainda
Vou voltar
Não  vai ser em vão
Que fiz tantos planos  de me enganar
Como fiz enganos de me encontrar
Como fiz estradas de me perder
Fiz de tudo e nada de te esquecer.

           Por outro lado, Carlos Drummond de Andrade  compõe a “Nova canção do Exílio” em forma de prosa trazendo  a mesma ideia e intenção de  Gonçalves Dias,porém  retrata outra forma de Exílio ,não físico mas mental ao ver as destruições que o progresso  causa a natureza brasileira.Exterminando  as belezas de outrora.

 Nova Canção do Exílio

Um sabiá,
Na palmeira, longe.
Estas aves cantam
Um  outro  canto.

O céu cintila
Sobre flores úmidas
Vozes na mata,
E o maior amor.

Só, na noite,
Seria feliz:
Um sabiá
Na palmeira, longe.

Onde tudo é belo
E  fantástico
Só, na noite,
Seria feliz.
Um sabiá, na palmeira, longe.

Ainda um grito de vida e
Voltar
Para onde é tudo belo
E fantástico:
A palmeira, o sabiá
O longe.  

(Carlos Drummond de Andrade. Reunião. Rio de Janeiro, J. Olympio  Ed.,1969.p.94.)


Passo 3
       A intertextualidade consiste em citar de forma direta ou indiretamente outro texto já existente, ou transcrevê-lo de forma ironizada ou critica social. Ressaltando o que significa plágio: é cópia descarada de um material, sem autorização.
Diferença entre parodia e estilização
A paródia deforma o texto original subvertendo sua estrutura ou sentido. É feita com o intuito de ridicularizar, satirizar as ideias do texto original, mas pode servir apenas para apresentar uma ideia contrária, distinta daquela que o original defende. Quase sempre essa contradição é feita através do humor
Exemplo: segunda estrofe da canção é desarmônica ridiculariza a poesia canção do exílio.

...Nosso céu tem mais estrelas                            [... Nosso céu  esta escuro
  Nossa várzea tem mais flores                             Nossas margens secas estão…
  Nossos bosques têm mais vida                          Nossos parques estão vazios,
  Nossa vida mais amores...                                    Sem  destino pra mudar…]

Estilização
A relação harmônica é feita através da paráfrase ou da estilização. São dois processos parecidos e diferentes.  Na paráfrase existe uma concordância com o texto matriz que faz com que suas idéias e formas sejam reproduzidas e respeitadas.
 A estilização, portanto, é um tipo especial de paráfrase. Nela a concordância com o texto original se dá em linhas mais gerais, no campo das ideias, mas a forma de expressão dessas idéias é tão particularizada que dizemos que ela há um “estilo” próprio sem que se perverta ou inverta o sentido.

    Exemplo:


...Nosso céu tem mais estrelas                              [... Nesse céu sem estrelas,   
  Nossa várzea tem mais flores                                   Nessa várzea sem flores,
  Nossos bosques têm mais vida                                Nossas florestas sem vida,
  Nossa vida mais amores...                                       Vivendo aos prantos e dores...]



        As semelhanças de todas as poesias e poemas apresentados neste trabalho em comparação analítica com a  “Canção do Exílio “ é a temática ,todas nacionais que de alguma forma levanta reflexão social ,no entanto as diferenças se dão pela forma  que é peculiar as épocas retratadas em cada uma ,valorizando os problemas do tempo referido,menos metrificado que a obra de Gonçalves com  descrições   pouco sonhadoras com traços livres e simplórios ,revelando as mesmas belezas e conflitos com perspectivas  diferentes, abusando não só das possibilidades   semânticas bem como sintáticas ,o que falta espaço neste trabalho para descrever  tamanhas inspirações.Todas as propostas das paródias bem como a própria canção apresenta paralelismo semântico e sintático para constituição de uma ideia ,o que nestes casos não é negativo devido a licença poética ,que transformou inclusive parte dos poemas e poesias em refrão.
        Relembrando: O paralelismo semântico é a correlação de sentido que garante a preservação do sistema lógico de associações, já o paralelismo sintático é o nome que se dá à estruturação similar de orações ou sintagmas dispostos em seqüência. É chamado também de simetria de construção. O paralelismo é particularmente útil para assegurar a clareza de construções organizadas segundo o princípio da coordenação.
       É importante relatar que  encontramos  metonímias em todos os casos em prosa ou em verso aqui demonstrados, a figura de linguagem que consiste em empregar um termo por outro dada a relação de semelhança ou a possibilidade de associações entre eles .
Exemplos:


Canção do Exílio (texto original)

Minha terra tem palmeiras
Onde canta o sabiá (que constitui o refrão neste caso)

Nova canção do Exílio (Carlos Drummond de Andrade)

Um sabiá,
Na palmeira, longe (refração ao final de cada estrofe) 

Sabiá   (Antônio Carlos Jobim e Chico Buarque de Holanda)

     
Que eu hei de ouvir cantar
Uma  sabiá, cantar o meu sabiá
Vou voltar, sei que ainda
Vou voltar
Vou deitar à sombra de uma palmeira
Que já não há
Colher a flor que já não dá





Modernismo

                O modernismo surgiu após o período simbolista, tendo seu marco na semana de arte moderna em São Paulo, Brasil. Como bem observamos as características poéticas deste período é mais descontraída, ocorrendo  em três fases  de (1922 a 1930) rompendo com os modelos tradicionalistas, depois de (1930 a 1945)  tem seu amadurecimento formal ,consolidando as conquistas da primeira fase,e por fim  de 1945 estende-se até hoje ,valorizando com  igualdade de importância   de  todo tipo arte ,não só a arte das palavras,rebuscando quando necessário  temas e formas a serem  discutidas,relembradas e etc.













































Referencias

OLIVEIRA, Ana Tereza Pinto de. Minimanual compacto de literatura brasileira: teoria e prática. 1ª Edição – São Paulo: Rideel, 2003. (página 102).

AMARAL, Emília [et al ].Português:novas palavras :Literatura,gramática,redação.São Paulo:FTD,200.(Páginas,119,120; 248).

PLT- Programa do Livro Texto, 100. FARACO E MOURA. Gramática.
20ª Edição, 2ª impressão, São Paulo: Editora Ática: 2007. ( Páginas 130 a 142).

PELLEGRINI, Tânia, FERREIRA, Marina. Palavra e Arte: 2º grau. São Paulo: Editora, Atual, 1996. Volume 2.(Páginas 57,58,59,60,61 )

FERREIRA, Aurélio  Buarque  de Holanda.Mini Aurélio “O dicionário de Língua Portuguesa”.Curitiba:Paraná ,Julho de 2008. Editora: Positivo. 6ª Edição revista e atualizada, 13ª Impressão.    

Acesso dia 22/08/2010
Desenvolvido por vBulletin® Versão 3.8.4
Direitos reservados ©2000 - 2010, Jelsoft Enterprises Ltd. :: Traduzido pela Equipe Travian Br.
Travian Brasil




Acesso dia 17/09/2010





Acesso dia 18/09/2010



Anexos
                                                                           

Laís Gonçalves de Leon
Mayara Rodrigues
Escola Francisco Paes de Carvalho Filho


Minha terra não tem palmeiras
E quem canta é o pardal;
Só tem cheiro de queimada
No terreno e no quintal.

Sinto falta da natureza,
Sinto falta de animais;
Nesse desastre ecológico,
Não vertemos mais.

Tenho medo de sair a noite,
De alguém me assaltar;
Minha terra não tem palmeiras,
E nem canta o sabiá.


 (Carlos Drummond de Andrade. Reunião. Rio de Janeiro, J. Olympio  Ed.,1969.p.94.)

Curiosidade


Sabiá  ferreiro                                                         Sabiá – laranjeira

                           (comum em todo território nacional)






Trabalho apresentado à professora Debora       Cristiane Freitas Silva, como parte do cumprimento da disciplina de Literatura II, 4º Semestre, 2º ano, noturno, presencial. 







Alunos:
Claudia Helena Pedrosa. RA: 9292641049
Jaqueline dos Santos Ricardo Leão. RA: 0901339408
Luiz Carlos Domingues Branco. RA: 0980000005






São José dos Campos
2010